domingo, 29 de março de 2009

a difícil busca por livros de ballet


Como é difícil achar bons livros (e DVDs!) de ballet em português! Amanhã irei pessoalmente à Livraria da Travessa porque pela internet o negócio tá muito escasso. Mas encontrei um site ótimo em inglês só de livros de ballet, o balletbooks.com. Pra quem fala fluente e viaja ou tem algum conhecido viajando, é só anotar o nome e pedir pra trazer, pois muitos não são caros.

Eis os que achei interessantes até agora:

Ballet Essencial - Flavio Sampaio - Editora SPRINT
100 lessons in classical ballet (método Vaganova) - Vera S. Kostrovitskaya
The Ballet Book - Darcey Bussell

Illustrated Book of Ballet Stories - Barbara Newman
Basic Principles of Classic Ballet - Agrippina Vaganova

terça-feira, 24 de março de 2009

pesquisando sobre métodos de ballet

o.b.s: Este blog fala das minhas descobertas. Minha intenção aqui não é dar aulas de ballet, mas sim divulgar e analisar minhas próprias pesquisas e discutir com quem acompanha.

Como faço ballet há muito pouco tempo, ainda tenho muitas dúvidas. Hoje pesquisei sobre métodos de ensino e achei esse texto, que acho que me esclareceu bem. No blog da Cássia também tem um post falando de método de ensino.

"Existem vários programas de treiamento que os bailarinos podem seguir para tornarem-se bailarinos profissionais. Três dos maiores programas são o Cecchetti, o Russo Vaganova, e o da Royal Academy of Dance (RAD). Todos eles possuem diferentes níveis, do iniciante ao avançado, e todos possuem vantagens e desvantagens.
A técnica Cecchetti foi desenvolvida a partir das aulas do grande mestre de ballet Enrico Cecchetti, através da Sociedade Cecchetti. É um plano de aula completo, elaborado para treinar bailarinos para o trabalho profissional. Uma ênfase notável, no método Cecchetti, é dada à fluência dos braços, na passagem de uma posição para outra, muito mais do que em qualquer outro método.
A técnica Russa Vaganova é derivada dos ensinamentos de Agripina Vaganova, a qual foi diretora artística do Ballet Kirov por muitos anos. No método Vaganova, os bailarinos dão maior atenção para as mãos, as quais, diferentemente do método Cecchetti, não fluem invisivelmente de uma posição para outra, é dado à ela uma maior energia e imponência, deixando-a para trás e trazendo-a de volta no último momento. No método Vaganova os exercícios de cada nível não são estabelecidos como no RAD. Cada professor coreografa sua própria aula, de acordo com as diretrizes dadas à eles, os alunos dançam essa aula em seus exames. O método RAD é muito comum. Se ajusta muito bem às escolas de dança em que os alunos têm, em média, não mais que uma aula por dia.
A Escola do American Ballet ensina o método Balanchine. Criado por George Balanchine, permite aos bailarinos dançarem as suas coreografias de maneira muito mais fácil do que os outros bailarinos. Nesse método as mãos são diferentemente trabalhadas de todos os outros métodos.
Cada técnica também dá diferente nomenclatura para as direções do corpo, posições dos braços, arabeques e alguns dos passos. Por exemplo, a posição dos braços é conhecida como “bras bras” no método RAD, como “fifith em bas” no método Cecchetti e como “preparatória” no Vaganova. Contudo, as cinco posições básicas dos pés são as mesmas."

(fonte: http://www.bailarinas.kit.net)

Bom, acho que na minha escola o método dado é o Vaganova, porque falamos "posição preparatória" na posição dos braços citada acima. Fiquei de perguntar isso para minha profa. e esqueci. Na próxima aula, pergunto.

sexta-feira, 20 de março de 2009

pra começar...

Adorei os comentários, elogios, incentivos! Que bom que gostaram do blog!

atualizando:

Ontem não consegui ir ao jazz e eu e Bark (meu namorado e sócio) nos inscrevemos num curso de fotografia de moda (yay!) que será... toda Terça e Quinta! Sempre soube que era o ballet que eu queria, mas ia fazer também o jazz no mês de Março pelo menos para não ficar parada e dançando só uma vez na semana. Mas quando não é pra ser, não é. Semana que vem falarei com minha querida profa. Natália: só ballet! Dois dias na semana, começando em Março; nada de esperar até Abril pra abrir na Sexta-feira! haha

Figurino

Não sei se contei que me ofereci para ajudar no figurino das apresentações! Estou muito empolgada com isso também. Geralmente não gosto dos figurinos das escolas de dança. São feitos por costureiras ou professoras que não têm muita experiência, que não fazem muitas pesquisas. E como eu já tive aula de figurino na faculdade e adoro uma "fantasia" (não de carnaval, e sim de fairy tale), decidi me oferecer. Olhando fotografias, até gostei bastante dos figurinos do N.A.C dance, mas mesmo assim, quis ajudar. E quem os faz? Minha professora, que é a dona da escola. Ela adorou a idéia, claro!

Acho que o figurino mais rico de se trabalhar no ballet é o do Quebra-nozes. Baixei um vídeo com o Baryshnikov e não gostei do figurino, achei tão simples... Agora baixei um do Royal Ballet do Covent Garden e pelo que já vi, é bem mais bonito.
Um figurino lindo também é o de Giselle. Confesso que ainda não vi esse ballet, mas pelo que observei de imagens e vídeos no you tube, amei.

(Ballet of Georgia. Nina Ananiashvili como Giselle)

quarta-feira, 18 de março de 2009

introdução

Meu nome é Carolina Lancelloti, tenho 21 anos, sou formada em moda e tenho um estúdio de fotografia em sociedade com meu namorado, o Bark Studio. Sou bailarina de primeira viagem. Tive como inspiração o blog da Cássia, Dos Passos da Bailarina. Adorei achar um blog cheio de informação, vídeos, bom-humor, layout bonito e atualizações frequentes sobre ballet adulto.
O intuito do meu blog é guardar informações, imagens e vídeos que eu achar legais e fazer um diário da minha vida de bailarina.

(A intro é longa, mas resumi o máximo que pude!)

Acho que sou a única garota que conheço que não fez ballet na infância. Fiz ginástica olímpica. Sempre gostei de artes em geral. Já quis ser cantora, ilustradora, escritora, estilista... Desde criança amo dançar e sou apaixonada por musicais, de Disney à Broadway. Aos 11 anos fiz minha primeira aula de jazz. Era um jazz meio fajuto, no Municipal da Tijuca, mas eu gostava. Antes da minha aula de jazz, ficava observando as meninas de ballet. Achava lindo, mas me julgava muito velha para fazer!(Não sei por que existia essa mentalidade de que ballet só se começava aos 5, 6 anos de idade) Um tempo depois, encontrei minha felicidade no street dance. Fiz por três anos, era a melhor aluna, ficava na frente nas apresentações e minha cabeça se fechou para aquelas bailarinas que passavam lindas na minha frente. Quando fiz 15 anos decidi que queria fazer todas as danças, inclusive o ballet. Mas minha mãe se recusou a pagar e eu acabei ficando com o street, e o abandonando logo depois.

Passei anos lutando contra os quilinhos a mais. Fiz natação, academia, vôlei... mas nada me deixava realmente feliz. Decidi então voltar a dançar. O ballet sempre me causava um estranho tipo de identificação, como se eu já tivesse dançado em outra vida. Olhava algum vídeo ou foto e o coração pedia alguma coisa... Decidi então que minha resolução do ano novo de 2007 para 2008 seria entrar para uma aula de ballet adulto (já que estava na ´moda´ mesmo...) Não consegui pagar. A resolução foi esquecida até ver o filme O Curioso Caso de Benjamin Button no cinema. As cenas de Daisy me despertaram e ouvi o ballet me chamando de novo. Fiz minhas contas e vi que poderia começar a pagar as aulas. Na semana seguinte, entrei para uma turma iniciante na N.A.C Dance. Foi paixão ao primeiro plié.

Depois de duas semanas, feliz e contente, pesquisando na internet vídeos, nomes, etc, meu estúdio foi contratado para fotografar o programa Palco MPB da MPBfm toda Segunda à noite, na hora do meu ballet. Estava adorando minha professora, a turma vazia, a escola, que era perto de casa... Conversei com a profa. e fizemos um acordo: talvez em Abril ela inclua aula na Sexta-feira, caso entre mais gente. Por enquanto, eu farei dois dias de jazz para iniciante e um dia de ballet. Ela disse que o jazz tem excercícios muito parecidos com o ballet. Tem até barra - o que eu nunca imaginaria! Topei. Caso eu não goste de jeito nenhum do jazz, mesmo que não entre mais gente na turma em Abril, ela abre Sexta-feira pra mim, pois gostou da minha dedicação e "não quer me perder como aluna". Também me ofereci para ajudar a montar os figurinos das apresentações - o que antes era tarefa dela sozinha - e meu estúdio deve ser chamado para fotografar as mesmas! Melhor impossível!

Acho que entrar no ballet com a minha idade me deu uma disciplina que eu não teria mais nova. Com certeza faltaria aulas, ficaria de saco cheio. Hoje, se falto uma aula, fico triste! É porque é uma escolha, de corpo e alma. E é uma conquista, pois eu que proporcionei isso para mim mesma.

Finalizando...
Amanhã farei minha primeira aula de jazz e volto aqui para contar.

Sejam bem-vindos ao Meia Ponta!